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Dia Internacional da Mulher

05/03/2010

O 8 de março é conhecido como o Dia Internacional da Mulher. A ONU oficializou a data em 1975, mas em 1910, durante a I Conferência Internacional da Mulher, realizado na cidade de Copenhague, na Dinamarca, o dia foi criado.
A criação deste dia não tinha o objetivo de ser uma comemoração, mas sim um dia de reflexão e debate, com o objetivo de melhorar as condições de vida das mulheres, acabando com o preconceito e a desigualdade de gênero na sociedade. Ainda hoje as diferenças no mercado de trabalho são visíveis.
Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário das trabalhadoras corresponde apenas a 79,5% do que os homens recebem. No caso de mulheres com o ensino superior, o salário chega a ser 30% menor, se comparado ao dos trabalhadores paulistas.
O número de mulheres que sustentam o lar no Brasil chegou a 34,9%, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão ligado à ONU. Aumentou também o número de mães que cuidam sozinhas dos filhos. O relatório também aponta que cerca de 19% das mulheres estão desempregadas, contra 10,2%  dos homens.
A violência contra a mulher também está crescendo. Em Minas, o Disque Direitos Humanos recebeu durante o ano passado 109 ligações de denúncias, em 2008 o número foi de apenas 41.  Porém, a subsecretária de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Maria Céres Pimenta, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, acredita que o aumento deste número se deve a uma maior conscientização da população, que passou denunciar seus agressores.
Mas os avanços estão acontecendo. A lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), criada para coibir a violência contra a mulher, pune com mais rigor os agressores, pois não podem mais ser punidos com penas alternativas, e o tempo máximo de reclusão aumentou de um para três anos.
Também é possível ver mulheres ocupando cargos importantes ou que eram tidos como exclusivamente masculinos.
Exemplos bem atuais são as presidentes da Argentina e do Chile, Cristina Kirchner e Michele Barchelet, respectivamente, e a primeira-ministra alemã Ângela Merkel. Neste ano eleitoral, aqui no Brasil, ao menos uma mulher já foi confirmada à candidata ao cargo de Presidente da República – a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A edição da Fórmula Indy de 2010, contará com a brasileira Bia Figueiredo, que é a única mulher no mundo a vencer a Fórmula Renault.
Em todo o mundo, as mulheres conquistaram importantes direitos, mas ainda há muito a ser feito. Segundo a fundação Freedom House, 15 países do oriente médio mostraram progresso. Entre eles o Kuwait (que em 2009 elegeu as mulheres a cargos públicos pela primeira vez na história do país), Argélia, Marrocos e Tunísia, que, de acordo com o levantamento, apresenta "o maior ganho de liberdade da região".
 
8 de Março
 
Há duas versões sobre a data escolhida. A primeira remete à uma reivindicação que aconteceu em Nova Iorque, no ano de 1857. Durante um protesto, funcionárias de uma fábrica de tecidos foram queimadas vivas, quando lutavam por uma jornada de trabalho menor e salários equivalentes aos dos funcionários do sexo masculino.
Outra versão conta que em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário seguido pela Igreja Católica Ortodoxa), operárias russas protestavam contra a fome, a participação do país na Primeira Guerra Mundial e contra a monarquia. Este foi o primeiro de uma série de protestos e greves, que culminaram no fim da monarquia.
As duas versões atestam um único fato: a data foi criada para lembrar a luta de mulheres por seus direitos.
 
Palavra da Presidente 
 
"A inserção da mulher no mercado de trabalho não foi de graça. Todas as conquistas que conseguimos durante esses anos foram às custas dos primeiros movimentos em busca de igualdade. Evoluímos, mas ainda há resquícios de machismo, pois as mulheres que ocupam os mesmos cargos que os homens recebem menos, o que demonstra discriminação."
 
"Às nutricionistas, acreditem na sua capacidade e na sua profissão como um instrumento de justiça social, de promoção de saúde e de preservação do meio ambiente."
– Rosane Maria Nascimento da Silva, Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas