Apresentação da campanha será no jogo entre Monte Azul e Corinthians, em Ribeirão Preto
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Federação Paulista de Futebol (FPF) assinaram um acordo de cooperação para trabalhar em conjunto contra a fome e a pobreza no mundo.
O ato aconteceu neste domingo (17), no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, antes da partida entre Monte Azul e Corinthians, primeiro jogo de ambos os clubes no Campeonato Paulista deste ano – o Corinthians celebra este ano o seu centenário.
A parceria foi oficializada pelo representante da FAO no Brasil, José Tubino, e pelo presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, participando também do ato o conselheiro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Lino Macedo, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, e o presidente do Corinthians, Andrés Navarro Sanchez.
Antes do jogo foi lançada a campanha ¿Futebol paulista contra a fome¿. Inédita no Brasil, a campanha quer chamar a atenção da sociedade, principalmente do público torcedor, para o fato que um bilhão de pessoas são vítimas da fome no mundo e que todos podem contribuir para virar esse jogo.
Futebol contra a fome no mundo – A FAO e todo o Sistema Nações Unidas outorgam uma grande importância ao esporte como um meio de promover o desenvolvimento, a paz e a segurança alimentar, e considera que o futebol pode desempenhar um papel chave para mobilizar o público e incentivar os governos a lutar contra a fome em apoio às populações mais pobres do mundo.
Com esse espírito, em 1996, a FAO assinou um acordo de cooperação com o Comitê Olímpico Internacional e, em 2007, com o Real Madrid, equipe na qual atua Raúl González, Embaixador de Boa Vontade da FAO.
Entre 2006 e 2008, a FAO e as ligas de futebol profissional da Itália e da Espanha organizaram campanhas de comunicação e arrecadação de recursos.
Em 2008, a FAO assinou novos acordos de cooperação com a Confederação Africana de Futebol, a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmbeol) e a Associação de Futebol Profissional Europeu (EPFL), que reúne mais de 900 equipes.
Graças à aliança com a EPFL, mais de 100 jogos de futebol profissional disputados em mais de 10 países europeus foram dedicados à luta contra a fome.
Diversos jogadores de futebol estão pessoalmente engajados na luta contra a fome. Além do espanhol Raúl, o italiano Roberto Baggio também é Embaixador de Boa Vontade da FAO.
Em outubro de 2009, como parte das comemorações do Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), o futebol chileno se somou à campanha contra a fome e, no Stade de Paris, as seleções da França e Áustria entraram em campo para uma partida das Eliminatórias da Copa do Mundo com a mensagem contra a fome.
A FAO estima que, em 2009, 1,02 bilhão de pessoas – uma em cada seis pessoas no mundo – estão subnutridas. O aumento da fome não foi causado por falta de comida, mas por problemas de acesso: a crise econômica, que aumentou o desemprego e reduziu a renda de pessoas pobres mundo afora, fez com muitas famílias não pudessem mais comprar os alimentos necessários.
A subnutrição é especialmente cruel com as crianças porque ela afeta o seu desenvolvimento futuro. Uma criança má alimentada não cresce ou ganha peso como deveria, e o processo de aprendizagem na escola torna-se mais difícil. Isso significa que, quando ela crescer, provavelmente terá mais dificuldade de conseguir um emprego decente e alimentar a sua família, perpetuando o ciclo de exclusão.
Para mais informações sobre a campanha -Futebol paulista contra a fome-, visite o site www.futebolpaulista.com.br
Informações
Isabel Tanese
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Lídia Silva
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