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Alimentos livres de agrotóxicos

Alimentos livres de agrotóxicos

13/12/2016

Com o passar dos dias, é cada vez maior a preocupação com a saúde. Nunca se falou tanto, como nos dias de hoje, sobre uma alimentação saudável ou uma alimentação correta. Palavras como alimento trans, gordura saturada, alimentos orgânicos passaram a fazer parte do dia a dia do brasileiro.
Hoje, há uma campanha nacional lançada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, onde tratam de uma alimentação saudável no campo e na mesa.
Alimentação correta é sim um problema ambiental, quando se trata do uso do agrotóxico, como traz a Portaria Normativa do Ibama N°84, de 15 de outubro de 1996, no seu Art. 3°, que  classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental, ou seja, há uma preocupação quanto ao uso do agrotóxico nos alimentos.
Agrotóxicos são substâncias químicas ou biológicas usadas para combater possíveis pragas e doenças que possam causar danos às plantações. Existem três tipos: herbicidas (agem sobre as ervas daninhas), inseticidas (combatem as pragas) e fungicidas (atuam sobre os fungos que causam danos aos tecidos das plantas).
Todos os tipos de agrotóxicos entram, diariamente, em nossas mesas através dos alimentos que consumimos, mas o que está alarmando é a quantidade que está sendo utilizada. Apesar de esforços para combater o uso desenfreado desses agentes nocivos à saúde, ainda existe aqueles produtores que desejam produzir muito em pouco tempo.
A agropecuária brasileira é a campeã mundial em uso de agrotóxicos. Eles estão nos alimentos que comemos, na água que bebemos, na roupa que vestimos. A agricultura brasileira é hoje dependente de herbicidas, fungicidas e inseticidas, aplicados com baixo controle e com alto impacto a quem produz e a quem consome. É repugnante saber que o Brasil é o país onde mais se aplica agrotóxicos no planeta.
Se por um lado o uso correto ajuda a combater pragas nas plantações, por outro tem um poder muito grande de destruição no organismo humano. Segundo o último Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxico (Para), organizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das 1.628 amostras avaliadas, 589  apresentaram resultados insatisfatórios. Produtos como arroz, feijão, alface, pimentão e tomate estavam entre as amostras contaminadas, ou seja, quase 40% contêm agrotóxicos não autorizados ou acima de limites máximos, fato destacado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que, em nota, se posicionou oficialmente pela produção de alimentos sem agrotóxicos.
Uma das alternativas para fugir dos agrotóxicos são os alimentos orgânicos. Os alimentos orgânicos são aqueles que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam a qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano à saúde dos consumidores.
Se por um lado existem aqueles que nunca ligaram e talvez nunca vão ligar para esse problema, por outro existem aqueles que já estão ligados em uma nova forma de se alimentar, de uma forma ambientalmente correta. Sabemos que a forma de produção de alimentos orgânicos seria insuficiente para tamanha demanda de alimentos necessários hoje. Certo é que, quanto antes tratarmos desse mal, melhor será para o ser humano e para o meio ambiente “QUE A COMIDA SEJA O TEU ALIMENTO E O ALIMENTO O TEU REMÉDIO”. (HIPÓCRATES) – Preserve o meio ambiente.
Fonte: O São Gonçalo