
CFN ressalta papel essencial da nutrição em discussões sobre TEA e doenças raras na Câmara
12/12/2024
O Conselho Federal de Nutrição (CFN) participou ativamente do seminário promovido pela Subcomissão de Políticas Públicas de Saúde para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, realizado na última terça-feira (10) na Câmara dos Deputados. O evento foi conduzido pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), com mediação da deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), reunindo especialistas, profissionais da saúde e representantes de instituições públicas para debater avanços e desafios no atendimento a esses públicos.
Na mesa temática intitulada “Alimentação e Nutrição no TEA e Doenças Raras”, a presidenta do CFN, Erika Carvalho, destacou a atuação indispensável de nutricionistas como integrantes de equipes multiprofissionais e protagonistas na formulação de políticas públicas inclusivas. “Garantir um cuidado nutricional ético, baseado em evidências científicas e adaptado às especificidades dessas condições é indispensável”, afirmou Erika.
A presidenta também ressaltou o compromisso do CFN com a regulamentação e orientação profissional, evidenciando a contribuição da nutrição tanto na promoção da saúde quanto no manejo de condições de alta complexidade. O debate contou ainda com a participação de renomados especialistas: Monique Poubel, nutricionista com experiência em erros inatos do metabolismo; Luana Zeolla, psicóloga especialista em seletividade alimentar; e Valéria Mendes Tavitian, psicóloga com ampla vivência no atendimento a indivíduos com TEA.
Durante o evento, o CFN destacou suas ações e compromisso voltado para o aprimoramento do cuidado nutricional a pessoas com TEA e doenças raras, incluindo a publicação de notas técnicas, campanhas de conscientização em parceria com Conselhos Regionais e articulações junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para ampliação da cobertura de sessões de terapia alimentar nos planos de saúde.
Erika Carvalho reforçou a necessidade de abordagens interdisciplinares para superar os desafios associados a essas condições. “A integração entre áreas como psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional é fundamental para ampliar as possibilidades de intervenção e elevar a qualidade de vida das pessoas com TEA e doenças raras”, pontuou.
A presença do CFN nesse debate reafirma sua missão de consolidar a nutrição como um pilar estratégico da saúde pública, promovendo uma atenção inclusiva, acessível e sustentada por evidências científicas.