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CFN participa da Marcha Mundial pelo Clima e reforça a centralidade da alimentação na agenda climática

CFN participa da Marcha Mundial pelo Clima e reforça a centralidade da alimentação na agenda climática

15/11/2025

Por Kamila Aleixo

Belém (PA) – Milhares de pessoas ocuparam as ruas de Belém, neste sábado (15/11), durante a Marcha Mundial pelo Clima. A mobilização, que aconteceu paralelamente às negociações da COP30, reuniu movimentos sociais, organizações da sociedade civil, representantes governamentais e coletivos do Brasil e do exterior em um chamado global por justiça climática e pela defesa dos territórios.

O Conselho Federal de Nutrição (CFN) integrou a marcha, levando ao ato a perspectiva da alimentação e da Nutrição como dimensões essenciais na luta contra as mudanças climáticas. Durante a mobilização, o Conselho distribuiu material orientativo com informações sobre opapel da Nutrição e da atuação profissional do nutricionista e do técnico em nutrição e dietética na construção de sistemas alimentares saudáveis, sustentáveis e resilientes, tema central da participação do Conselho na COP30.

A presença do CFN no evento traz o compromisso institucional de proteger a sociedade, promover o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e fortalecer práticas alimentares que respeitem o meio ambiente, a saúde e a diversidade dos biomas brasileiros. Em um momento em que a crise climática afeta diretamente a produção de alimentos, a disponibilidade nutricional e os modos de vida de comunidades tradicionais, o Conselho destaca que profissionais da nutrição desempenham papel estratégico na transição para modelos alimentares mais justos, sustentáveis e de menor impacto ambiental.

A marcha foi liderada pela Cúpula dos Povos, ampliando a presença da sociedade civil na COP30, conferência que, ao retornar a um país democrático e com forte mobilização social, retoma o protagonismo popular no debate climático.

Ao final do ato, foi apresentada a Carta Final da Cúpula dos Povos, documento que reúne contribuições de movimentos de diversos territórios do Brasil e do mundo. O texto sistematiza denúncias e propostas relacionadas à crise climática e seus impactos. Entre os pontos destacados, a carta reivindica:

  • demarcação e proteção de territórios tradicionais;
  • financiamento público para uma transição justa rumo a uma economia de baixo carbono;
  • combate ao racismo ambiental;
  • defesa da soberania e da segurança alimentar por meio da agroecologia e da reforma agrária popular;
  • políticas efetivas de adaptação, restauração ecológica e enfrentamento às perdas e danos causados pelas mudanças climáticas;
  • responsabilização de empresas e atores que promovem degradação socioambiental.

Acesse a carta completa aqui.

Com sua participação ativa na marcha e nas atividades da COP30, o CFN demonstra o compromisso de atuar de forma propositiva e alinhada aos desafios climáticos contemporâneos, promovendo sistemas alimentares que cuidam das pessoas e preservam o planeta.

Acesse as fotos da Marcha Mundial pelo Clima aqui.

Fotos: Pedro.H Nunes